Desde 2016, seguindo uma tendência mundial, o Ministério da Saúde orienta que o termo doença sexualmente transmissível (DST) seja substuído pelo termo infecção sexualmente transmissível (IST). Na prática, esses dois termos ainda são usados com o mesmo sentido em muitos lugares, mas, na realidade, eles têm um significado levemente diferente, sendo o termo "infecção" mais adequado.
Doença se refere a uma condição que provoca sintomas (sensações que uma pessoa sente, como dor, ardência, coceira, cansaço) e sinais (alterações no corpo ou no comportamento de uma pessoa, como feridas, verrugas, corrimento, confusão mental), independentemente da causa.
Infecção, por sua vez, refere-se à presença de um micro-organismo (bactérias, vírus, protozoários ou fungos) no corpo de uma pessoa - o que nem sempre causa sintomas! Muitas infecções provocam doenças, ou seja, muitas infecções provocam sinais e sintomas. No entanto, muitas delas podem passar completamente despercibidas pelo indivíduo infectado, o que, no entanto, não impede que ele a transmita: é o caso de grande parte das infecções transmitidas sexualmente.
Para se ter uma ideia, cerca de 70% das mulheres que têm clamídia (uma IST bastante comum causada pela bactéria Chlamydia trachomatis) não apresentam sintomas! Além disso, o HPV, a sífilis, a gonorreia e até mesmo o HIV podem ser assintomáticos em algumas pessoas infectadas pelo menos em alguma fase da infecção. Por isso, o termo "doença", considerando que implica a presença de sinais e sintomas, realmente não parece ser muito adequado para se referir ao que hoje chamamos de infecções sexualmente transmissíveis.
As principais infecções sexualmente transmissíveis são as seguintes:
HPV
Clamídia
Gonorreia
Sífilis
Herpes genital
HIV
Cancro mole
Triconomoníase
Linfogranuloma venéreo
Molusco contagioso
Fonte: Ministério da Saúde
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