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Gonorreia

Atualizado: 29 de jun. de 2022

O Boletim da Organização Mundial da Saúde aponta que 87 milhões de pessoas se infectaram pela gonorreia somente em 2016. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que, por ano, surjam 500 mil novos casos de pessoas infectadas pela doença. A gonorreia pode gerar danos severos aos que são contaminados, inclusive infertilidade. Confira os tópicos a seguir e fique à vontade para nos enviar quaisquer dúvidas!


Você sabe o que causa a gonorreia?


O microrganismo causador da gonorreia é uma bactéria conhecida como Neisseria gonorrhoeae.


Como a doença é contraída?


A gonorreia é uma Infecção Sexualmente Transmissível e o contágio se dá por meio de relação sexual desprotegida com alguém infectado. É importante saber que a infecção pela gonorreia facilita a transmissão do HIV.


Transmissão para o bebê durante a gravidez


Se a gestante estiver contaminada pela bactéria da gonorreia, pode haver transmissão para o bebê a partir de sua passagem pelo canal vaginal durante o parto. Os olhos do bebê são contaminados pela gonorreia durante o parto, causando conjuntivite e podendo levar, inclusive, à cegueira. Por isso, é importante realizar o pré-natal adequado: os médicos precisam saber se a gestante está ou não infectada por essa IST. Se for constatada contaminação materna, serão realizados os procedimentos necessários de tratamento materno e de prevenção para que o bebê não seja acometido.


Sinais e sintomas


Em homens, é considerado que surjam os sintomas de 4 a 7 dias após a relação sexual desprotegida. Esse período é variável para mulheres. A gonorreia afeta regiões de mucosas: colo do útero, reto, garganta e olhos; mas até 80% das pessoas infectadas podem não apresentar sintomas. Quem é sintomático pode apresentar:


Mulheres: corrimento com pus, dor na região pélvica e abdominal, sangramento fora do período menstrual, dor para urinar, dores durante relações sexuais. Pode haver doença inflamatória pélvica* ocasionada pela gonorreia não tratada adequadamente, além de infertilidade e dor prolongada na pelve. Em 1 a 3% das mulheres não tratadas, a infecção pode evoluir para uma fase disseminada, gerando febre, dor nas articulações e feridas avermelhadas e com pus na pele. A doença disseminada também pode ocorrer em homens, mas não é tão comum.


Homens: corrimento com pus e dor ao urinar. Além disso, pode haver acúmulo de pus sob a pele da glande do pênis. A gonorreia pode afetar, também, a próstata.


Prevenção


As pessoas mais contaminadas pela doença têm entre 15 e 24 anos, mas qualquer um que tenha relação sexual desprotegida pode contrair a bactéria causadora da gonorreia. Para se prevenir, é indispensável utilizar camisinha feminina ou masculina durante as relações sexuais.


Como confirmar se você está infectado?


Caso você tenha se relacionado sexualmente sem proteção adequada, é importante consultar o serviço de saúde de referência. Lá, serão fornecidas todas as informações necessárias para o manejo da sua situação. Como muitas pessoas infectadas pela gonorreia sequer apresentam sintomas perceptíveis, é importante procurar o posto mesmo que você não apresente sintomas de ISTs. Se houver suspeita de gonorreia, o diagnóstico geralmente é feito a partir da análise da coleta de secreções de genitais, ânus e garganta.


Existe tratamento para a gonorreia?


Sim, existe! O tratamento para gonorreia é feito por meio de uma combinação de antibióticos prescritos pelo médico, que irá realizar o acompanhamento adequado das pessoas que tiveram o teste positivo para a infecção. É importante seguir corretamente as informações dos profissionais e respeitar os horários para tomar os remédios. Além disso, os parceiros também devem ser tratados para a IST e as relações sexuais precisam ser suspensas durante o período de tratamento.

Também é oferecido, geralmente, tratamento para clamídia ao paciente que testou positivo para gonorreia e para os seus parceiros. Isso se deve ao fato de que em até mais da metade dos casos de infecção pela gonorreia, há infecção conjunta pela clamídia**.


Confira nossos materiais sobre:


**Clamídia:


De onde foram tiradas as informações do texto?


Conteúdos virtuais


A cada dia, há 1 milhão de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis curáveis. Organização Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial da Saúde, 2019. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5958:a-cada-dia-ha-1-milhao-de-novos-casos-de-infeccoes-sexualmente-transmissiveis-curaveis&Itemid=812>


Pesquisa brasileira sobre resistência do gonococo a medicamentos corrobora dados da OMS e sugere alternativas para o tratamento. Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/pesquisa-brasileira-sobre-resistencia-do-gonococo-medicamentos-corrobora-dados-da-oms-e>


Livros


MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia Médica. 7. ed. Rio de Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2014.

MENKE, Carlos Henrique; FREITAS, Fernando; PASSOS, Eduardo Pandolfi; RAMOS, José Geraldo Lopes; MARTINS-COSTA; Sérgio H.; MAGALHÃES, José Antônio. Rotinas em Ginecologia. 7a ed. Porto Alegre (RS): ARTMED, 2017.




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