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Rubéola

Atualizado: 29 de jun. de 2022

Juntamente com o sarampo e a catapora, a rubéola é uma das clássicas doenças que provocam pequenas erupções na pele de crianças. Rubéola, do latim “pequeno vermelho”, é também conhecida popularmente como “sarampo alemão”, em menção ao médico de nacionalidade alemã que primeiro a distinguiu do sarampo.

A rubéola não é considerada uma doença grave, mas precisamos nos atentar aos casos em que há contaminação de gestantes. Isso porque ela pode ser transmitida da mãe para o feto, podendo causar grandes danos irreversíveis ao bebê.


Você sabe o que causa a rubéola?

O causador da rubéola é um vírus respiratório muito contagioso.


Contextualizando a rubéola

Com a intenção de combater a disseminação da doença no Brasil, na segunda metade da década de 1990, foi estipulada a notificação obrigatória de casos positivos para rubéola. Além disso, houve também controle e vigilância maiores dos casos a partir de 1999 com a implementação do Plano de Erradicação do Sarampo.

O Brasil teve o último caso confirmado em 2008. A Campanha de Vacinação contra a Rubéola, realizada em 2008, teve papel fundamental. Nela, foram vacinadas cerca de 67,9 milhões de pessoas.


Como a rubéola é contraída?

A transmissão do vírus acontece quando uma pessoa sadia entra em contato com as secreções respiratórias de alguém contaminado, por meio da tosse, fala ou respiração. Isso permite que o vírus entre pelo seu sistema respiratório até chegar aos pulmões. De lá, ocorre a disseminação para o resto do organismo, incluindo a pele.

Após cerca de 2 semanas a partir da infecção, a resposta imunológica da pessoa infectada faz com que surjam erupções avermelhadas na extensão da pele. A pessoa infectada pode disseminar esses vírus desde o momento do contágio por até 2 semanas após surgimento dessas lesões na pele.

Assim como na catapora, a infecção natural pelo vírus da rubéola garante imunidade para a vida toda.


Transmissão transplacentária

Em gestantes sem anticorpos para combater o vírus, pode haver disseminação viral para todo o feto através da placenta. No organismo do bebê, o vírus é capaz de se reproduzir em todos os tecidos, prejudicando o crescimento e multiplicação das células. Essas alterações podem ser responsáveis por uma série de danos ao feto: tamanho e desenvolvimento inapropriados, glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento, surdez e até aborto espontâneo e nascimento de feto morto.

As consequências mais graves resultantes da infecção pela rubéola ocorrem no primeiro trimestre da gravidez, mais especificamente durante a quarta e oitava semanas, quando ocorre o desenvolvimento do sistema auditivo do bebê.


Sintomas

Em crianças

O período que vai desde a infecção pelo vírus até o aparecimento dos primeiros sintomas varia de 14 a 21 dias. Os sintomas na criança consistem em pequenas manchas arredondadas e avermelhadas em toda a extensão da pele, sendo que, geralmente, permanecem por 3 dias.


Em adultos

A infecção em adultos pode gerar sintomas e sinais mais graves: dor nos ossos e articulações e, mais raramente, alterações no exame de sangue, como queda do número de plaquetas (responsáveis pela coagulação sanguínea). Essa diminuição pode gerar sangramentos prolongados em cortes na pele, sangramentos espontâneos em gengiva e nariz e sangramento superficial na pele, que aparece como pequenas manchas avermelhadas, sobretudo, nas pernas.

Infecções congênitas

São aquelas que o bebê já apresenta ao nascer, porque foi contaminado durante a gravidez. As manifestações mais comuns da infecção congênita pelo vírus da rubéola são: catarata, problemas cardíacos e surdez.

Prevenção

A vacinação é a melhor maneira para prevenir que você desenvolva a doença. A vacina é conhecida como tríplice viral (protege contra sarampo, caxumba e rubéola), sendo que primeira dose deve ser ministrada para crianças aos 12 meses e a segunda, para crianças de 4 a 6 anos. Ambas estão disponíveis no SUS e basta que você procure um posto de saúde para aplicação.

Se você está grávida, a melhor maneira de prevenir a transmissão dos vírus para o bebê é manter o calendário vacinal em dia, para que seu organismo tenha anticorpos contra a rubéola. É preciso esperar um mês, no mínimo, para engravidar após ter feito a vacina.

Caso seja gestante e ainda não tenha se vacinado, é indispensável que comunique isso ao seu médico durante o pré-natal. Durante a gravidez, não se pode fazer a vacina, pois há risco de infecção congênita pelos fragmentos virais atenuados presentes na vacina.


Como confirmar se você está doente?

Como os sintomas da rubéola são parecidos com os de algumas outras doenças (sarampo, roséola, dengue e outras), além da avaliação médica, é também necessário realizar exames laboratoriais para confirmação ou não dos casos. Esses exames estão disponíveis no SUS em todos os estados.

Assim, lembre-se de sempre consultar um médico ou posto de saúde para avaliação e orientação completas e seguras.


Existe tratamento para a rubéola?

Não há nenhum tratamento disponível para rubéola em si. A prevenção pela vacina é a melhor solução. Porém, seus sintomas têm tratamento, sendo que os serviços de saúde de referência podem auxiliar nesse manejo.


De onde foram tiradas as informações do texto?


Rubéola: quais os sintomas, como é transmitida e como prevenir. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/rubeola


Síndrome da rubéola congênita. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/sindrome-da-rubeola-congenita


A imunização contra a rubéola no primeiro trimestre de gestação pode levar à perda auditiva? Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rcefac/2008nahead/157-07.pdf


Qual a conduta quando a vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) é administrada durante a gestação? Disponível em: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-conduta-quando-a-vacina-triplice-viral-contra-sarampo-rubeola-e-caxumba-e-administrada-durante-a-gestacao/


MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2014 - Livro


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