Os agentes teratogênicos ou simplesmente teratógenos podem ser definidos como fatores externos (variam desde doenças até medicamentos) que, durante a gestação, podem causar alterações no desenvolvimento do bebê, como por exemplo malformações, retardo de crescimento intrauterino, deficiências funcionais, ou até levar à perda do bebê. Há três princípios básicos que regem como estes agentes irão interferir: O primeiro é o período de desenvolvimento humano, dependendo do momento da gestação, os efeitos adversos dos teratógenos são diferentes e variam em sua gravidade. O período gestacional mais crítico, geralmente, é entre a terceira e a oitava semana (quando se dá a maior parte do desenvolvimento embrionário - formam-se diversos órgãos). O segundo é o genótipo do embrião. A “genética” do bebê influencia em como este novo ser humano irá reagir a determinados agentes; consequentemente, em seus efeitos no desenvolvimento do embrião/feto. E, por último, a dosagem de substâncias teratogênicas que tem uma relação diretamente proporcional ao efeito do agente, isto é, quanto maior a exposição a tal substância, mais graves serão as consequências geradas.
Uma grande fonte de dúvidas sobre este assunto gira em torno dos medicamentos, pois, várias das substâncias teratogênicas são remédios importantes para diversos tratamentos. Por esta razão, o pré-natal tem papel fundamental para definir um plano de ação sobre a relação da gestante com essas substâncias, de forma a evitar prejuízos a si mesma e a seu filho.
Alguns dos exemplos mais comuns de agentes teratogênicos são:
- Doenças maternas: HIV, diabetes mellitus, tuberculose, epilepsia.
- Infecções congênitas: doença de chagas, herpes-zóster, rubéola, toxoplasmose, sífilis.
- Drogas: álcool, crack, cocaína, nicotina, maconha, heroína, ecstasy.
- Medicamentos: talidomida, misoprostol, varfarina, captopril/enalapril, fluconazol.
De onde foram retiradas as informações do texto?
Manual da teratogênese. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/manual_teratogenese.pdf
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